domingo, 7 de agosto de 2011

HISTÓRIA DA FAMÍLIA CASTRO NO TRIÂNGULO MINEIRO - Capítulo IV - Política em Pirajuba

CONFRARIA,
 
Abaixo, mais um capítulo da
HISTÓRIA DA FAMÍLIA CASTRO
NO TRIÂNGULO MINEIRO,
Capítulo IV - Política em Pirajuba,
de autoria da amiga
RITA SOUKEF, de Uberaba.
 
Comentário:
RITA,
Cervantes de Castro veio mais
tarde a ser Prefeito de Pirajuba,
em meados dos anos 60.
Não saia de Esplanada, onde
tinha muitos amigos.
Vou lhe contar uma que
é difícil de acreditar.
Sabia que ele e o prefeito
de Esplanada certa vez
numa das costumeiras cervejadas,
(e na roda sempre estava o Frei Stanislaw,
um capuchinho de Frutal) conversa
vai, conversa vem de boteco,
acabou levando o Rei Lalau
a uma casa da Zona Boêmia
de Pirajuba? Cervantes disse
ao Frei Lalau que ia visitar
uma comadre dele.
Cervantes era meio maluco,
mas honrou o nome,
era muito culto.
 
NOTA:
Acabo de postar no
BLOG DA CONFRARIA.
 
Abraços,
 
Marco Antônio
 

 
HISTÓRIA DA FAMÍLIA CASTRO
NO TRIÂNGULO MINEIRO
- Capítulo IV - Política em Pirajuba
 
E o tempo passa...
Às vezes rápido demais.
Olhando aqui, do “futuro”, décadas e décadas cabem em um parágrafo.
Uma palavra, uma frase, resumem e desvendam fatos que foram vividos
e sofridos por um tempo indeterminado.
Um diagnóstico, uma história, vidas que cabem num pedaço de papel!

E OS “Castro Rocha” seguiam em frente. Os mesmos problemas,
as mesmas dificuldades.
Talvez com alguns agravantes.
As crises de asma da minha bisavó eram cada vez mais intensas e freqüentes.
Os recursos da época eram insuficientes pra garantir a ela um pouco
mais de qualidade de vida.
Os filhos crescendo...
Meu bisavô, um pouco mais sossegado, passava dias e dias na rede da
varanda lendo seus livros, contando suas histórias e vivendo seus muitos
amores. Na fantasia e na realidade.

Este sossego teve seu preço. Resolveu parar de trabalhar.
Já não estava interessado no comercio de gado.
Dispensou o Neca, que passou a trabalhar por conta própria
E veio a Uberaba assumir o posto que lhe coube em um arranjo político.
Ganhou, junto com o Lauro Fontoura a concessão de um “Cartório”.
Nem assumiu essa tarefa.
O Vaidoso Vô Natal achou difícil ter um sócio e voltou correndo para Pirajuba.
Sem trabalho, começou a vender “pedaços” da fazenda da Vó Sinhá,
começou a se desfazer das terras de Paranaíba. E assim foi-se vivendo.

Os filhos tomando rumo. O Belo Zé Rocha, herdeiro dos encantos do pai...
Qualidades bastante melhoradas com um excelente senso de humor e
musicalidade; A doce Lígia, minha avó, de uma beleza e de um romantismo
impar. Uma sensibilidade que contribuiu para que ela fosse, infelizmente,
a herdeira das crises de asma de sua mãe.
A Tia Olinda, Tia Conceição e o menino Cirito!

Começa então o ciclo dos casamentos... Lígia com o “turco” Rané Soukef,
Tia Olinda com o Eurípedes de Brito, Conceição com o poderoso Célio Peres,
histórias essas que vão ser exploradas em futuros escritos...

E o Natal Rocha, ainda dono do Fordinho, era o responsável por levar as
noivas á igreja. As suas e todas as outras que o solicitassem...
Foi ele que salvou a cerimônia de casamento da Sobrinha “Fia de Castro”
com Clarimundo Lacerda. Uma lamparina acessa queimou o véu, um pouco
do vestido e a alegria da noiva, na hora do casamento.
E lá foi o Vô Natal, com sua presteza, emprestar um véu
de uma de suas amantes.
E deu certo...

Seu ultimo ato político foi conciliador.
Resolveu apoiar o candidato dos Castro para a prefeitura de Pirajuba.
Rompeu com o PSD e passou a trabalhar pela odiada UDN.
Perdeu feio....
Mas, Castro não perde... E o candidato vencedor não pode
comemorar sua vitória.
O filho Cirito, menino ainda, ouviu dos adversários que o primeiro
foguete da vitória do PSD seria no “Rabo do Natal Rocha”.

Inadmissível! Revoltante! Indignação geral... Sentimentos que fizeram
o Cervantes de Castro Silva, jovem e impetuoso, Dar tiros na porta do
Alexandre da Farmácia, cabo eleitoral do candidato vencedor
Castro não perde...

A situação ficou insustentável. Os vencedores entrincheirados em uma
Casa, também armados e OS Castro na Casa do Prudon Prata,
armados até OS dentes. Este quadro persistiu por dias...

Um destacamento de Uberaba, a pedido do candidato vencedor, chega a Pirajuba.
Os ânimos mais exaltados... Todo mundo disposto a morrer.
Homens, mulheres e crianças...
Castro não perde! E ninguém desarma o “Vante”!!

E o Vaidoso Vô Natal, surpreendeu.
Saiu da trincheira, foi até a Casa do Adversário acompanhado por sua filha Lígia.
E lhe deu um Grande abraço pela vitória.
Em seguida, foram OS dois para a praça,
onde estava o destacamento...

O dia amanheceu em Paz...
(Rita Soukef)

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