terça-feira, 23 de agosto de 2011

REDAÇÃO DE UMA BAIANA NO VESTIBULAR


CONFRARIA,
 
Esta nos foi enviada
pela confrade
CELAS PRIQUITINHO,
de Montes Claros, MG.
 
NOTA:
Acabo de postá-la no
BLOG DA CONFRARIA
e no
BLOG DO NASSIF.

Abraços,

Marco Antônio


Fonte:
CONFRARIA MINEIRA DE CULTURA
- Enviado por CELESTE PRIQUITINHO,
de Montes Claros, MG.

REDAÇÃO DE UMA
VESTIBULANDA DE 16 ANOS

VESTIBULAR DA UNIVERSIDADE DA BAHIA
 
O vestibular da Universidade da Bahia cobrou

dos candidatos a interpretação do
seguinte trecho de Camões:

'Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói e não se sente,
é um contentamento descontente,
dor que desatina sem doer '.


Uma vestibulanda de 16 anos
deu a sua interpretação :

'Ah, Camões!, se vivesses hoje em dia,
tomavas uns antipiréticos,
uns quantos analgésicos
e Prozac para a depressão.
Compravas um computador,
consultavas a Internet
e descobririas que essas dores que sentias,
esses calores que te abrasavam,
essas mudanças de humor repentinas,
esses desatinos sem nexo,
não eram feridas de amor,
mas somente falta de sexo!'



A Vestibulanda ganhou nota DEZ, pela originalidade, pela estruturação dos versos, e das rimas insinuantes.
Foi a primeira vez que, ao longo de mais de 500 anos, alguém desconfiou que o problema de Camões era apenas falta de mulher.

AH, OS CANALHAS, O DESEJO DOS CANALHAS! ... Estadão “crava” a espada em Dilma

CONFRARIA,
 
Este artigo nos foi enviado
pela confrade
MARIA RODRIGUES,
de Fortaleza.
 
NOTA:
Foi postado no
BLOG DA CONFRARIA
 
BLOG DO NASSIF.
 
Abraços,
 
Marco Antônio

 

AH, OS CANALHAS,
O DESEJO DOS CANALHAS!
 
Falta de respeito para com a autoridade
máxima do país. Este jornal marrom é a
cara desta elite indígna, fria e cruel, que
não tolera ver uma mulher competente
administrar com sucesso nosso grande  
Brasil, fato que essa gente não conseguiu,
apesar de décadas no poder. Este jornal
(minúsculo), no mínimo deve receber
uma chamada do serviço de segurança da
Presidência ou, até ser processado pela
ousadia de incitar a violência contra
nossa Presidenta, de forma banal, cruel
e desrespeitosa, sabendo-se de seu
martírio, quando, ainda, muito jovem,
derramando seu sangue em defesa do
Brasil. Vamos reagir. Isto não pode se
repetir. Vamos boicotar este jornal
desprezível. Repassem!
 
Abraços,
 
Maria Rodrigues
 
 

Estadão “crava”

a espada em Dilma

O Conversa Afiada reproduz post de Rodrigo Vianna, no Escrevinhador:

“Estadão” crava a espada em Dilma

por Rodrigo Vianna

A foto está na página A-7, na edição impressa do Estadão. Dilma surge levemente arqueada, e a espada de um cadete parece trespassar o corpo da presidenta. Abaixo da foto, o título “Honras Militares” – e um texto anódino, sobre a participação de Dilma numa cerimônia militar.


Faço a descrição minuciosa da foto porque a princípio só contava com uma reprodução de má qualidade (tive que fotografar a página do jornal com uma máquina amadora). Mas um amigo acaba de me mandar a imagem por email – e essa está um pouco mais nítida. Estranhamente, não encontro a foto no site do Estadão. Talvez apareça naquela versão digital para assinantes…


O editor deve ter achado genial mostrar a presidenta como se estivese sendo golpeada pelas costas. É a chamada metáfora de imagem. Mas, expliquem-me: qual a metáfora nesse caso? O que a foto tinha a ver com a solenidade de que fala o jornal? Há, no meio militar, quem queira golpear Dilma pelas costas? O jornal sabe e não vai dizer?


Ou, quem sabe, a turma do “Estadão” tenha achado graça em “brincar” com a imagem. No mínimo, um tremendo mau gosto com uma mulher que já passou por tortura na mão de militares, e hoje é a presidenta de todos os brasileiros.


Sintomático que a foto não apareça ao lado da mesma notícia na edição digital. Alguém deve ter pensado melhor e concluído: não vai pegar bem.


Por isso tudo, sou levado a pensar que Freud talvez explique a escolha da foto: a mão militar, na imagem, cumpre a função de eliminar a presidenta. E, com isso, talvez agrade a certa parcela dos leitores do jornal. Passeando pelo site do Estadão, é comum ver a presidenta chamada de “terrorista”. Exemplo, aqui:

Walter BenedetteComentado em: Dilma participa de solenidade em escola de oficiais


20 de Agosto de 2011 | 20h52


A Dilminha tá fazendo certinho, adulando um pouco os milicos, ai eles se derretem todos e se dobram ficando de quatro para a ex-terrorista.



Volto eu. Para essa gente, terroristas não foram os que mataram, torturaram e impediram o país de viver em regime democrático. Não. Para eles, “terroristas” são os que lutaram contra a ditadura.


A foto da página A-7  cumpre o papel de agradar essa gente.


Leia outros textos de Radar da Mídia


Clique aqui para assistir à Cerimônia de entrega de espadim a 441 cadetes da Aman.

Esta noite milhões de crianças dormirão na rua, mas nenhuma delas é cubana.  Fidel Castro

Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela mesma.  Joseph Pulitzer
 

VIVER FORA DO BRASIL (Adriana Setti)


CONFRARIA,

Este texto
nos foi enviado
pelo confrade
HÉLIO FÓES,
de Paranaguá, PR.

NOTA:
Foi postado no
BLOG DA CONFRARIA
http://marconogueiraconfraria.blogspot.com
e no BLOG DO NASSIF.

Abraços,

Marco Antônio
 

VIVER FORA DO BRASIL (Adriana Setti)

Fonte:
CONFRARIA MINEIRA DE CULTURA
- Enviado por HÉLIO FÓES,
de Paranaguá, PR.

VIVER FORA DO BRASIL

- Adriana Setti -

No ano passado, meus pais (profissionais ultra-bem-sucedidos que
decidiram reduzir o ritmo em tempo de aproveitar a vida com alegria e
saúde) tomaram uma decisão surpreendente para um casal
 – muito enxuto, diga-se – de mais de 60 anos:
alugaram o apartamento em que moravam, num bairro
nobre de São Paulo, para um parente, enfiaram algumas peças de roupa na
mala e embarcaram para Barcelona, onde meu irmão e eu moramos, para
uma espécie de ano sabático.
Aqui na capital catalã, os dois alugaram um apartamento
agradabilíssimo no bairro modernista do Eixample (mas com um terço do
tamanho e um vigésimo do conforto do de São Paulo), com direito a
limpeza de apenas algumas horas, uma vez por semana. Como nunca
cozinharam para si mesmos, saíam todos os dias para almoçar e/ou
jantar. Com tempo de sobra, devoraram o calendário cultural da cidade:
shows, peças de teatro, cinema e ópera quase diariamente.
 Também viajaram um pouco pela Espanha e por outros países da Europa.
E tudo isso, muitas vezes,na companhia de filhos, genro, nora e amigos,
a quem proporcionaram incontáveis jantares regados a vinhos.
Com o passar de alguns meses, meus pais fizeram uma constatação que
beirava o inacreditável: estavam gastando muito menos mensalmente
para viver aqui do que gastavam no Brasil.
 Sendo que em São Paulo saíam para comer fora ou para algum
programa cultural só de vez em quando (por causa do trânsito,
dos problemas de segurança, etc), moravam em apartamento
próprio e quase nunca viajavam.  Milagre?
 Não. O que acontece é que, ao contrário do que fazem a
maioria dos pais, eles resolveram experimentar o modelo de vida dos
filhos em benefício próprio. “Quero uma vida mais simples como a sua”,
me disse um dia a minha mãe. Isso, nesse caso, significou deixar de
lado o altíssimo padrão de vida de classe média alta paulistana para
adotar, como “estagiários”, o padrão de vida – mais austero e justo –
da classe média europeia, da qual eu e meu irmão fazemos parte hoje em
dia (eu há dez anos e ele, quatro). O dinheiro que “sobrou” aplicaram
em coisas prazerosas e gratificantes.
Do outro lado do Atlântico, a coisa é bem diferente. A classe média
europeia não está acostumada com a moleza. Toda pessoa normal que se
preze esfria a barriga no tanque e a esquenta no fogão, caminha até a
padaria para comprar o seu próprio pão e enche o tanque de gasolina
com as próprias mãos. É o preço que se paga por conviver com algo
totalmente desconhecido no nosso país: a ausência do absurdo abismo
social e, portanto, da mão de obra barata e disponível para qualquer
necessidade do dia a dia.
Traduzindo essa teoria na experiência vivida por meus pais, eles
reaprenderam (uma vez que nenhum deles vem de família rica, muito pelo
contrário) a dar uma limpada na casa nos intervalos do dia da faxina,
a usar o transporte público e as próprias pernas, a lavar a própria
roupa, a não ter carro (e manobrista, e garagem, e seguro), enfim, a
levar uma vida mais “sustentável”. Não doeu nada.
Uma vez de volta ao Brasil, eles simplificaram a estrutura que os
cercava, cortaram uma lista enorme de itens supérfluos, reduziram
assim os custos fixos e, mais leves,  tornaram-se mais portáteis (este
ano, por exemplo, passaram mais três meses por aqui, num apê ainda
mais simples).
Por que estou contando isso a vocês? Porque o resultado desse
experimento quase científico feito pelos pais é a prova concreta de
uma teoria que defendo em muitas conversas com amigos brasileiros: o
nababesco padrão de vida almejado por parte da classe média alta
brasileira (que um europeu relutaria em adotar até por uma questão de
princípios) acaba gerando stress, amarras e muita complicação como
efeitos colaterais. E isso sem falar na questão moral e social da
coisa.
Babás, empregadas, carro extra em São Paulo para o dia do rodízio
(essa é de lascar!), casa na praia, móveis caríssimos e roupas de
marca podem ser o sonho de qualquer um, claro (não é o meu, mas quem
sou eu para discutir?). Só que, mesmo em quem se delicia com essas
coisas, a obrigação auto-imposta de manter tudo isso – e administrar
essa estrutura que acaba se tornando cada vez maior e complexa – acaba
fazendo com que o conforto se transforme em escravidão sem que a
“vítima” se dê conta disso. E tem muita gente que aceita qualquer
contingência num emprego malfadado, apenas para não perder as
mordomias da vida.
Alguns amigos paulistanos não se conformam com a quantidade de viagens
que faço por ano (no último ano foram quatro meses – graças também, é
claro, à minha vida de freelancer). “Você está milionária?”, me
perguntam eles, que têm sofás (em L, óbvio) comprados na Alameda
Gabriel Monteiro da Silva, TV LED último modelo e o carro do ano
(enquanto mal têm tempo de usufruir tudo isso, de tanto que ralam para
manter o padrão).
É muito mais simples do que parece. Limpo o meu próprio banheiro, não
estou nem aí para roupas de marca e tenho algumas manchas no meu sofá
baratex. Antes isso do que a escravidão de um padrão de vida que não
traz felicidade. Ou, pelo menos, não a minha. Essa foi a maior lição
que aprendi com os europeus — que viajam mais do que ninguém, são
mestres na arte do savoir vivre e sabem muito bem como pilotar um
fogão e uma vassoura.
PS: Não estou pregando a morte das empregadas domésticas – que
precisam do emprego no Brasil –, a queima dos sofás em L e nem achando
que o “modelo frugal europeu” funciona para todo mundo como receita de
felicidade. Antes que alguém me acuse de tomar o comportamento de uma
parcela da classe média alta paulistana como uma generalização sobre a
sociedade brasileira, digo logo que, sim, esse texto se aplica ao pé
da letra para um público bem específico. Também entendo perfeitamente
que a vida não é tão “boa” para todos no Brasil, e que o “problema”
que levanto aqui pode até soar ridículo para alguns – por ser menor.
Minha intenção, com esse texto, é apenas tentar mostrar que a vida
sempre pode ser menos complicada e mais racional do que imaginam as
elites mal-acostumadas no Brasil
 

EUROPA FECHADA

Marco Antônio Nogueira

EUROPA FECHADA ... (Um ESCULACHO AOS EUROPEUS)


Fonte:
CONFRARIA MINEIRA DE CULTURA
- enviado por Maria Rodrigues,
de Fortaleza.

EUROPA FECHADA
(UM ESCULACHO AOS EUROPEUS)

Ao fundo, música da
canadense
LOREENA MCKENNITT


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segunda-feira, 22 de agosto de 2011

BICICLETA ... Fantástico! Incrível!


CONFRARIA,
 
Este VÍDEO
- FANTÁSTICO -
nos foi enviado
pelo confrade
HÉLIO FÓES,
de Paranagúá, PR.
 
Abraços,
 
Marco Antônio
 
                                                          

ESTE É REALMENTE UM FENOMENO....
 

BRASIL, O PRÓXIMO ALVO DE HITLER ...


Marco Antônio Nogueira

BRASIL, O PRÓXIMO ALVO DE HITLER

domingo, 21 de agosto de 2011

FHC APOIA "FAXINA" QUE ELE NUNCA FEZ ... (Altamiro Borges)


ANTES DE OPINAR,
PROCUREMOS
NOS INFORMAR!
 
Abraços,
 
Marco Antônio
 
 
Marco Antônio Nogueira

FHC APOIA "FAXINA" QUE ELE NUNCA FEZ ... (Altamiro Borges)


FHC APOIA "FAXINA" QUE ELE NUNCA FEZ

- Altamiro Borges -
sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Estranho: até FHC apóia “faxina” de Dilma

Segundo o jornalista Kennedy Alencar, FHC parece que está empolgado com a alardeada operação “faxina” da presidenta Dilma Rousseff. “Nas conversas reservadas com dirigentes do PSDB, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso tem defendido que o partido dê apoio à presidente Dilma Rousseff no combate à corrupção”, informa o repórter na Folha online de hoje.
Ainda segundo seu relato, “o ex-presidente conversou sobre o assunto com os governadores Geraldo Alckmin (SP) e Antonio Anastasia (MG). A recomendação foi transmitida ao senador mineiro Aécio Neves, hoje o primeiro da fila tucana para disputar o Palácio do Planalto em 2014. A presença de FHC no encontro de Dilma com governadores do Sudeste, na quinta (18/08), em São Paulo, foi calculada para se transformar num gesto de apoio à presidente”.

FHC nunca enfrentou a corrupção
A excitação do grão-tucano deveria gerar alguma desconfiança no Palácio do Planalto – ao menos, entre os seus ocupantes mais tarimbados, que não confundem assessoria com puxa-saquismo. Afinal, FHC nunca foi um opositor civilizado de Lula ou de Dilma. Pelo contrário. Desde que se converteu ao neoliberalismo, ele sempre articulou as forças de direita contra qualquer projeto de esquerda no país. Egocêntrico e elitista, ele nunca tolerou o êxito de um governo presidido por um peão, um operário.
Sua cruzada contra a corrupção e seu apoio entusiástico à “faxina” no governo Dilma só iludem os ingênuos e os pragmáticos que infestam a política nativa – que desprezam a luta de classes e não têm visão sobre as batalhas futuras. Quem é FHC para falar em combate à corrupção? Uma breve lembrança do que foi o seu longo reinado talvez sirva de alertar os ingênuos que não percebem a manobra do tucano para desgastar o atual governo, paralisá-lo, implodir sua base de apoio e criar fissuras entre Dilma e Lula.
Os indícios das roubalheiras tucanas
Para aliciar sua base de apoio no Congresso Nacional e manter a governabilidade, FHC sempre foi complacente com a corrupção. A aliança principal do grão-tucano foi com o ex-PFL, atual DEM – e sabe-se lá qual será o novo nome da organização fisiológica que sucumbe na crise. Um dos líderes de FHC no parlamento foi o demo José Roberto Arruda, o mesmo que foi pego com a mão da botija no esquema do mensalão do governo do Distrito Federal. A lista de indícios de roubalheira no governo FHC foi grande:
Denúncias abafadas: Já no início do seu primeiro mandato, em 19 de janeiro de 1995, FHC fincou o marco que mostraria a sua conivência com a corrupção. Ele extinguiu, por decreto, a Comissão Especial de Investigação, criada por Itamar Franco e formada por representantes da sociedade civil, que visava combater o desvio de recursos públicos. Em 2001, fustigado pela ameaça de uma CPI da Corrupção, ele criou a Controladoria-Geral da União, mas este órgão se notabilizou exatamente por abafar denúncias.
Caso Sivam. Também no início do seu primeiro mandato, surgiram denúncias de tráfico de influência e corrupção no contrato de execução do Sistema de Vigilância e Proteção da Amazônia (Sivam/Sipam). O escândalo derrubou o brigadeiro Mauro Gandra e serviu para FHC “punir” o embaixador Júlio César dos Santos com uma promoção. Ele foi nomeado embaixador junto à FAO, em Roma, “um exílio dourado”. A empresa ESCA, encarregada de incorporar a tecnologia da estadunidense Raytheon, foi extinta por fraude comprovada contra a Previdência. Não houve CPI sobre o assunto. FHC bloqueou.
Pasta Rosa. Em fevereiro de 1996, a Procuradoria-Geral da República resolveu arquivar definitivamente os processos da pasta rosa. Era uma alusão à pasta com documentos citando doações ilegais de banqueiros para campanhas eleitorais de políticos da base de sustentação do governo. Naquele tempo, o procurador-geral, Geraldo Brindeiro, ficou conhecido pela alcunha de “engavetador-geral da República”.
Compra de votos. A reeleição de FHC custou caro ao país. Para mudar a Constituição, houve um pesado esquema para a compra de voto, conforme inúmeras denúncias feitas à época. Gravações revelaram que os deputados Ronivon Santiago e João Maia, do PFL do Acre, ganharam R$ 200 mil para votar a favor do projeto. Eles foram expulsos do partido e renunciaram aos mandatos. Outros três deputados acusados de vender o voto, Chicão Brígido, Osmir Lima e Zila Bezerra, foram absolvidos pelo plenário da Câmara. Como sempre, FHC resolveu o problema abafando-o e impedido a constituição de uma CPI.
Vale do Rio Doce. Apesar da mobilização da sociedade em defesa da CVRD, a empresa foi vendida num leilão por apenas R$ 3,3 bilhões, enquanto especialistas estimavam seu preço em ao menos R$ 30 bilhões. Foi um crime de lesa-pátria, pois a empresa era lucrativa e estratégica para os interesses nacionais. Ela detinha, além de enormes jazidas, uma gigantesca infra-estrutura acumulada ao longo de mais de 50 anos, com navios, portos e ferrovias. Um ano depois da privatização, seus novos donos anunciaram um lucro de R$ 1 bilhão. O preço pago pela empresa equivale hoje ao lucro trimestral da CVRD.
Privatização da Telebras. O jogo de cartas marcadas da privatização do sistema de telecomunicações envolveu diretamente o nome de FHC, citado em inúmeras gravações divulgadas pela imprensa. Vários “grampos” comprovaram o envolvimento de lobistas com autoridades tucanas. As fitas mostraram que informações privilegiadas foram repassadas aos “queridinhos” de FHC. O mais grave foi o preço que as empresas privadas pagaram pelo sistema Telebrás, cerca de R$ 22 bilhões. O detalhe é que nos dois anos e meio anteriores à “venda”, o governo investiu na infra-estrutura do setor mais de R$ 21 bilhões. Pior ainda, o BNDES ainda financiou metade dos R$ 8 bilhões dados como entrada neste meganegócio. Uma verdadeira rapinagem contra o Brasil e que o governo FHC impediu que fosse investigada.
Ex-caixa de FHC. A privatização do sistema Telebrás foi marcada pela suspeição. Ricardo Sérgio de Oliveira, ex-caixa das campanhas de FHC e do senador José Serra e ex-diretor do Banco do Brasil, foi acusado de cobrar R$ 90 milhões para ajudar na montagem do consórcio Telemar. Grampos do BNDES também flagraram conversas de Luiz Carlos Mendonça de Barros, então ministro das Comunicações, e André Lara Resende, então presidente do banco, articulando o apoio da Previ para beneficiar o consórcio do Opportunity, que tinha como um dos donos o economista Pérsio Arida, amigo de Mendonça de Barros e de Lara Resende. Até FHC entrou na história, autorizando o uso de seu nome para pressionar o fundo de pensão. Além de “vender” o patrimônio público, o BNDES destinou cerca de 10 bilhões de reais para socorrer empresas que assumiram o controle das estatais privatizadas. Em uma das diversas operações, ele injetou 686,8 milhões de reais na Telemar, assumindo 25% do controle acionário da empresa.
Juiz Lalau. A escandalosa construção do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo levou para o ralo R$ 169 milhões. O caso surgiu em 1998, mas os nomes dos envolvidos só apareceram em 2000. A CPI do Judiciário contribuiu para levar à cadeia o juiz Nicolau dos Santos Neto, ex-presidente do TRT, e para cassar o mandato do senador Luiz Estevão, dois dos principais envolvidos no caso. Num dos maiores escândalos da era FHC, vários nomes ligados ao governo surgiram no emaranhado das denúncias. O pior é que FHC, ao ser questionado por que liberara as verbas para uma obra que o Tribunal de Contas já alertara que tinha irregularidades, respondeu de forma irresponsável: “assinei sem ver”.
Farra do Proer. O Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Sistema Financeiro Nacional (Proer) demonstrou, já em sua gênese, no final de 1995, como seriam as relações do governo FHC com o sistema financeiro. Para ele, o custo do programa ao Tesouro Nacional foi de 1% do PIB. Para os ex-presidentes do BC, Gustavo Loyola e Gustavo Franco, atingiu 3% do PIB. Mas para economistas da Cepal, os gastos chegaram a 12,3% do PIB, ou R$ 111,3 bilhões, incluindo a recapitalização do Banco do Brasil, da CEF e o socorro aos bancos estaduais. Vale lembrar que um dos socorridos foi o Banco Nacional, da família Magalhães Pinto, a qual tinha como agregado um dos filhos de FHC.
Desvalorização do real. De forma eleitoreira, FHC segurou a paridade entre o real e o dólar apenas para assegurar a sua reeleição em 1998, mesmo às custas da queima de bilhões de dólares das reservas do país. Comprovou-se o vazamento de informações do Banco Central. O PT divulgou uma lista com o nome de 24 bancos que lucraram com a mudança e de outros quatro que registraram movimentação especulativa suspeita às vésperas do anúncio das medidas. Há indícios da existência de um esquema dentro do BC para a venda de informações privilegiadas sobre câmbio e juros a determinados bancos ligados à turma de FHC. No bojo da desvalorização cambial, surgiu o escandaloso caso dos bancos Marka e FonteCindam, “graciosamente” socorridos pelo Banco Central com 1,6 bilhão de reais. Houve favorecimento descarado, com empréstimos em dólar a preços mais baixos do que os praticados pelo mercado.
Sudam e Sudene. De 1994 a 1999, houve uma orgia de fraudes na Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), ultrapassando R$ 2 bilhões. Ao invés de desbaratar a corrupção e pôr os culpados na cadeia, FHC extinguiu o órgão. Já na Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), a farra também foi grande, com a apuração de desvios de R$ 1,4 bilhão. A prática consistia na emissão de notas fiscais frias para a comprovação de que os recursos do Fundo de Investimentos do Nordeste foram aplicados. Como fez com a Sudam, FHC extinguiu a Sudene, em vez de colocar os culpados na cadeia.
 
http://www.viomundo.com.br/politica/altamiro-borges-fhc-apoia-a-fax...